Espaço aberto para a divulgação da Literatura de Cordel e afins.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EXAME DA PRÓSTATA

Ao chegarmos aos quarenta
Temos uma obrigação
Fazer exame da próstata
Servindo de prevenção
Para manter a saúde
Essa é a atitude
Do homem que tem noção

Ninguém deve esquecer
Quando chega a ocasião
Pois isso é coisa séria
E não faz vergonha não
Ao chegar a sua vez
Abandone a timidez
Cumpra sua obrigação

Agora eu vou contar
Como aconteceu comigo
Fique logo prevenido
Pode acontecer contigo
Se você for protelando
E o exame adiando
Pode até ter um castigo

Já passando dos quarenta
Ao doutor me encaminhei
E um pouco constrangido
Do exame lhe falei
Ele pra me acalmar
Pediu só o PSA
E eu me tranqüilizei

Bastava colher o sangue
Para ver o resultado
Se tudo tivesse bem
Nem um mal detectado
De fazer o tal exame
Que pra mim era um vexame
Eu seria dispensado

Nunca fiquei tão feliz
Com o meu sangue derramado
Dentro daquelas ampolas
Para ser examinado
Da dedada me livrei
E tranquilo esperei
Receber o resultado

Como tudo correu bem
E foi bom o resultado
Eu me despreocupei
Sendo um pouco relaxado
E o tempo foi passando
O exame eu adiando
Sem querer ser cutucado

De um exame para o outro
Eu demorei muitos anos
Pois levar a tal dedada
Não estava nos meus planos
Um amigo me dizia
Que o exame não doía
Nem também causava danos

Mas com a nossa saúde
Não podemos vacilar
Pra repetir o exame
Fui então me apresentar
Dessa vez ao urologista
O doutor especialista
É que foi me examinar

Ao chegar ao consultório
Olhei logo a sua mão
Examinei com cuidado
Com bastante atenção
Eu queria ter certeza
Ver com bastante clareza
Se ele tinha um dedão

Mas depois da entrevista
Senti tamanha alegria
Pois ele me receitou
Só ultrassonografia
Fiquei muito animado
Pois o exame indicado
Do dedo me livraria

Mas a vida é ardilosa
E é cheia de surpresa
A ultrassonografia
Que eu achei que era moleza
Pois pelo que eu sabia
Eu nem imaginaria
Enfrentar tanta dureza

A moça do consultório
Atendeu-me muito bem
Dizendo: “deite na cama
que o médico já vem”
Na cama fui me deitando
Em tudo observando
Como eu acho que convém

O que eu vi naquela hora
Foi logo me assustando
Quando vi aquela moça
O instrumento preparando
Pegou uma mangueirinha
Botou uma camisinha
E ficou lubrificando

A mangueira era dura
Bem mais grossa que um dedo
Quando vi a arrumação
Fui logo sentindo medo
Comecei a imaginar
Agora vou me lascar
Pra aguentar esse brinquedo

Quando o doutor chegou
Só fez me cumprimentar
Mandou-me tirar a roupa
E de lado me virar
Depois disse num aviso
Que pro exame era preciso
Ter calma e relaxar

Como eu ia relaxar,
Naquela situação?
Eu na posição fetal
Sem nenhuma proteção
O doutor se preparando
A mangueira empunhando
Só me dava aflição

Nem deu tempo de pensar
Nem fazer preparação
O doutor sem piedade
Já fazia a introdução
A mangueira ele metia
Lá por dentro remexia
Só fazendo medição

O exame é completo
Feito com muito rigor
As imagens vão surgindo
Na tela do monitor
O doutor examinando
Medindo e anotando
Tudo num computador

Ainda bem que é ligeiro
Mas se sente um ardor
Uma situação incômoda
Um preâmbulo de dor
Que só é aliviada
Com a pomada aplicada
Que causa certo frescor

E depois, minha vergonha
Eu tive que esconder
Quando encarei o doutor
Para o exame receber
E para ser educado
Assim, meio encabulado
Ainda fui lhe agradecer

Recebi o tal exame
Fui logo me retirando
Ao sair do consultório
Eu ficava observando
Quando alguém me olhava
Pra mim mesmo eu perguntava
Que será que estão pensando?

Mas eu estava satisfeito
Pois tudo tinha acabado
E o exame revelava
Excelente resultado
Tava tudo nos conforme
E essa alegria enorme
Me deixou mais conformado

Ouça bem o meu conselho
Caro amigo e leitor
Quando for a sua vez
Peça logo ao doutor
Não faça nenhum segredo
Diga que prefere o dedo
E evite essa dor

sábado, 10 de setembro de 2011

HOMENAGEM A ZÉ LIMEIRA

Vou escrever esses versos
Em honra a Zé Limeira
O poeta do absurdo
Que nunca falou besteira
Pois na sua poesia
Esbanja sabedoria
Tudo em tom de brincadeira

Ele sempre escrevia
Com humor e perfeição
Misturando os assuntos
Que não tinham ligação
Desta forma eu vou fazer
Por isso peço a você
Preste muita atenção

Ancorei o meu navio
No deserto do Saara
Era quase meio dia
E a lua estava clara
Foi tão grande o meu espanto
Olhando pra todo canto
Vendo beleza tão rara

Preparei o desembarque
Com toda tripulação
Todos estavam vestidos
De perneira e de gibão
Eu tinha punhal de prata
Camiseta e gravata
Pois eu era o capitão

Logo ao desembarcar
Tinha um táxi esperando
Bem na beira do açude
Sobre a balsa boiando
Lembrei-me de um evento
Soltando a voz no vento
Quando eu vivia aboiando

Ao chegar à terra firme
Eu fiquei muito contente
Ia agora desfrutar
Do que tinha o continente
Cachaça e mulher bonita
Cair na farra infinita
Esquecer a dor de dente

Imagine a alegria
De um peão navegador
Viajando de navio
Sendo um desbravador
Cruzando todas as matas
Calçado de alpargatas
Feito um conquistador

E depois da emoção
Sem prever nenhum combate
Minha fome era grande
Resolvi comer tomate
Subi num pé de laranja
Para ver o que se arranja
Tinha muito abacate

Essa fruta era doce
Feito suco de limão
Sua casca era grossa
Como cururu rodão
Sua carne era macia
E tão fácil ela descia
Que nem pluma de algodão

Só mesmo você provando
Pra saber o seu sabor
Inda hoje fecho os olhos
E vejo a sua cor
Amarelo avermelhado
Com o miolo encarnado
Transparente, incolor

Tendo saciado a fome
Fui conhecer a cidade
Peguei minha bicicleta
Saí em velocidade
Em tantas ruas passei
Se perguntarem, não sei
A sua totalidade

Apreciei muita coisa
Enquanto eu pedalava
Cachorro roendo osso
E a moça que cantava
Papagaio na gaiola
E o disco na vitrola
Que há tempos não tocava

Caminhava lentamente
O vento soprava forte
Para pegar uma gripe
Nem precisava de sorte
Eu queria era saber
Onde foi se esconder
Meu alicate de corte

Quando achei o alicate
Cortei logo a energia
Ficou tudo tão escuro
Parecendo o meio dia
Veio o eletricista
Feito um equilibrista
Padre nosso, Ave Maria

Quando a luz retornou
É que a coisa ficou preta
Pois olhei para as pessoas
E então só vi careta
Fazia tanto calor
Do chão saía vapor
Foi notícia na Gazeta

Retomei o meu caminho
Agora seguindo a pé
Vi um porco todo preto
E o galo do Seu Zé
Vinham andando em paralelo
Os dois comiam farelo
Jesus, Maria e José

A cidade era pequena
Tinha só um quarteirão
Tinha fogueiras acesas
Era noite de São João
Eu peguei meu parabelo
A enxada e o martelo
E liguei pra Lampeão

Ele então me respostou
Com um tiro de canhão
Ficou tudo iluminado
O estouro fez clarão
Quando li o seu torpedo
Cheguei a ficar com medo
Com o celular mão

A mensagem era clara
E nela ele dizia
Aceitava o convite
Pois muito gosto fazia
De entrar naquela festa
Junto de gente honesta
Isto muito lhe aprazia

Eu então lhe confirmei
Que a festa era boa
Se ele ali viesse
Não ia ficar à toa
São João é santo bom
Boca linda tem batom
Chuva fina é garoa

Depois de tudo acertado
Eu entrei no cabaré
Pois eu sou desconfiado
Sou igual a São Tomé
É preciso eu tocar
Pra poder acreditar
Faca, garfo e talher

A festança foi bonita
Lampeão trouxe seu bando
Eu tinha a tripulação
Todo mundo só dançando
Tinha cerveja gelada
Tira gosto e panelada
Uísque de contrabando

De repente nessa festa
Uma grande aparição
Patativa do Assaré
Tinha um verso na mão
Ariano Suassuna
Escorado na coluna
Disse coisas do sertão

Quando a festa acabou
Preparei-me pra voltar
Escrever este cordel
Para a história contar
E não foi de brincadeira
Ela é pura e verdadeira
Acabei de inventar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ZÉ BEBIM


Sei que Deus protege os bêbados
Também todas as crianças
Mas eu conheci um deles
Que durante suas andanças
Não contou com essa sorte
E perdeu as esperanças

Zé Bebim vivia bêbado
Por aí perambulando
Querendo sempre beber
De bar em bar ia andando
Enchendo o saco do povo
Só por pinga mendigando

O povo lhe dava pinga
Só para ver a desgraça
E de suas trapalhadas
Todo mundo achava graça
De tudo lhe acontecia
Só por causa da cachaça

Certa vez entrou no bar
Escorou-se no balcão
Mandou botar uma pinga
Com conhaque de alcatrão
Que era pra ficar esperto
Na hora da confusão

O dono lhe perguntou
Com quem era a confusão
Ele disse:- É com você
Pois veja a situação
Esta pinga eu bebi
Mas pagar não posso não

Então o dono do bar
Tacou-lhe um bofetão
E Zé Bebim, sem firmeza
Caiu bolando no chão
E conforme era previsto
Começou a confusão

Zé Bebim foi empurrado
Caindo fora do bar
Ele sentou na calçada
Esperando melhorar
E enquanto esperava
Deu vontade de urinar

Com muita dificuldade
Conseguiu se levantar
Viu um poste ali perto
E nele foi se escorar
Pra fazer o seu xixi
E a vontade aliviar

Foi então que de repente
Estatelou-se no chão
É que bem junto ao poste
Tinha um cara bem fortão
Sentindo a urina nos pés
Deu-lhe outro bofetão

Zé Bebim ficou no chão
Assim meio desmaiado
Sem saber bem o que houve
Pois de tão embriagado
Pensou consigo mesmo
“Eita que choque arretado”

Então, quando finalmente
Conseguiu se levantar
A primeira providência
Foi procurar outro bar
Angariar outra pinga
Para o sangue espalhar

Foi entrando em um bar
Estudando o ambiente
Vendo muito movimento
Ficou logo tão contente
Pois sabia que ali
Ganharia uma aguardente

Ele andou de mesa em mesa
Perturbando a freguesia
Mendigando uma cachaça
Pra acabar com a maresia
Logo apareceu alguém
Que lhe fez a cortesia

Zé Bebim ficou alegre
Com a bebida avultada
Mas o cabra da oferta
De legal não tinha nada
E aquela gentileza
Era uma arapuca armada

O plano do tal sujeito
Já estava bem bolado
Embriagar Zé Bebim
Com cachaça e traçado
E arrastá-lo de porre
Pra um lugar afastado

Assim mesmo aconteceu
Zé Bebim se embriagou
E o cabra sem demora
Para o mato lhe levou
E sem dó nem piedade
Zé Bebim ele enrabou

Zé Bebim ficou no mato
Dormindo sono profundo
Ali passou muitas horas
Sem nem dar conta do mundo
E quando acordou sentia
Uma grande dor no fundo

Depois desse episódio
Zé Bebim ficou tristonho
Só queria que aquilo
Tivesse sido um sonho
Ou bem pior do que isso
Um pesadelo medonho

Mas não era só um sonho
Era coisa bem real
E por causa da cachaça
Sofreu invasão retal
Pois bêbado não protege
Sua região anal

Mas depois de algum tempo
Esqueceu o acontecido
Pois não foi vontade sua
Nem nunca teria sido
Foi tudo só malvadeza
Daquele cabra atrevido

Pra provar que era macho
Resolveu então casar
Arrumar uma namorada
A bebida maneirar
Mas mulher que o quisesse
Era ruim de arranjar

Com muita dificuldade
A mulher ele arrumou
Diminuiu a cachaça
Do jeito que planejou
Porém deixar de beber
Ele em tempo algum deixou

Mas depois do casamento
A situação mudou
Zé bebim caiu na farra
E a bebedeira aumentou
Como não dava no couro
Um par de chifres ganhou

Por isso, caro leitor
Pelo exemplo que foi dado
Se quiser beber cachaça
É melhor tomar cuidado
Pra não lhe acontecer
O que aqui foi contado

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A HISTÓRIA DE EUCLIDES, ANA E DILERMANO



A história aqui narrada
Aconteceu de verdade
Um triângulo de amor
Que ficou na eternidade
Pois o seu desenrolar
Foi repleto de maldade

Euclides era escritor
Engenheiro e militar
Por conta da profissão
Sempre estava a viajar
E deixava sua Ana
Tomando conta do lar

Em uma dessas viagens
Que foi muito demorada
Ana se sentindo só
Carente e abandonada
Conheceu o Dilermando
E ficou apaixonada

Era um amor impossível
Pois ela era casada
Praticar o adultério
Era coisa muito errada
Respeitava o marido
E era mulher honrada

Tinha também o seu filho
Que se chamava Quindinho
Diminutivo de Euclides
Dado com muito carinho
Que não podia sofrer
Com tamanho descaminho

Mas a força do amor
Não pode ser suplantada
A paixão ia crescendo
Sem poder ser controlada
E os dois se entregaram
A traição foi consumada
  
O romance se firmou
Todo dia se encontravam
Eram noites de amor
Que os dois sempre passavam
Pois Ana e Dilermando
Cada vez mais se amavam

Esse amor desenfreado
Tomou grande proporção
E Ana então resolveu
Pedir a separação
Revelaria a Euclides
Toda a situação

A coisa ficou mais séria
Pois Ana engravidou
Com essa situação
O caso se complicou
E de tão preocupada
Ana quase endoidou

Quando Euclides voltou
Foi grande a decepção
Ficou muito revoltado
Com aquela situação
Pois Ana em desespero
Fez toda declaração

Euclides ficou tristonho
Sem saber o que fazer
Esta nova condição
Quase o fez enlouquecer
Mas, contudo resolveu
O Casamento manter

Quando Ana deu à luz
O Filho de Dilermando
Euclides sentiu o peito
Todo se dilacerando
E um plano bem cruel
Ele foi arquitetando
  
Pra Ana sentir na pele
O preço da traição
Separou-a da criança
Até pra a amamentação
Dessa forma o menino
Morreu de inanição

Julgou que assim fazendo
Tudo estava resolvido
Dessa forma lavaria
Sua honra de marido
Ana se arrependeria
De um dia tê-lo traído

Depois desse sofrimento
Ana então se revoltou
Pros braços de Dilermando
Novamente ela voltou
E o romance entre os dois
Muito mais força ganhou
  
Euclides ficou maluco
E perdeu sua razão
Bateu mão do revolver
Saiu feito furacão
Ia matar Dilermando
Pois isso não tem perdão

Quando Euclides chegou
Na casa de Dilermando
Não deu chance pra conversa
E foi logo atirando
Deu-lhe três tiros certeiros
Que quase o iam matando

Dilermando teve sorte
E não era morredor
Também era militar
Excelente Atirador
Sacando o seu revolver
Deu um tiro matador
  
Dilermando não foi preso
E nem poderia ser
Em legítima defesa
Ele pode esclarecer
Que naquele episódio
Era matar ou morrer

Para Ana e Dilermando
Tava tudo resolvido
Agora o romance deles
Podia ser assumido
Viveriam bem felizes
Como um casal muito unido

Mas o filho de Euclides
A vingança planejava
Aquela situação
O rapaz não aceitava
E toda sua família
Para isso o incentivava
  
Ao chegar a um cartório
Onde estava Dilermando
O rapaz sacou a arma
E foi logo atirando
Pondo a vingança em prática
Como estava desejando

Mais uma vez Dilermando
Teve que se defender
Atirou para matar
Pois não tinha o que fazer
A história se repetia
Era matar ou morrer

Foi preciso muito tempo
Que é bom consolador
Para Ana e Dilermando
Superarem tanta dor
E continuarem juntos
Desfrutando desse amor


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

INVASÃO DOS APELIDOS

Muita gente escreveu
Uma relação completa
Nomeando os apelidos
Em uma lista repleta
Apelidaram demais
Nossos órgãos genitais
Que é uma parte tão secreta

Agora vou relatar
Os nomes da união
Quando os tais “apelidados”
Entram juntos em ação
Trabalhando em harmonia
Em perfeita sintonia
Cada um na sua função

Quando é com um casal
Que é bem conservador
Não se fala em fazer sexo
O certo é fazer amor
Tudo com muito jeitinho
No lençol, escondidinho
Feito com muito pudor

Quando é só por acaso
Num encontro casual
É só uma pimbadinha
Pra satisfação carnal
Não existe compromisso
E talvez seja por isso
Uma coisa tão banal

Uma vez eu escutei
E achei muito legal
Deve ser uma coisa louca
Fazer um calamengal
Foi o Xangai que falou
Na canção que ele cantou
Deve ser sensacional                 

Outros dizem simplesmente
De um jeito muito manso
Não vou cometer um crime
Só vou afogar o ganso
E depois do “crime” feito
Ficam os dois daquele jeito
Com os corpos em descanso

Tem também vamos dar uma
Ou dar uma rapidinha
A coisa tem que ser feita
De maneira apressadinha
É tudo tão de repente
Que mulher quase não sente
E fica bem frustradinha

Dizer molhar o biscoito
Não engana a ninguém
É sinônimo de coito
Todo mundo sabe bem
Fazendo analogia
Com coisa do dia a dia
Com um costume que se tem

E também rala e rola
Nheco nheco e trepada
Thaca thaca na buthaca
Ou então lapingochada
Outro termo que se viu
É amassar o bombril
Ou então uma transada

Tem o magoar o tái
Como diz o mineirinho
É uma mágoa que não dói
Se for feito com carinho
Tem até a serenata
Com a dupla mais pacata
Pescoçudo e barbudinho

Tem outra expressão mais forte
Que não quero escrever
Dizê-la abertamente
Sei que nunca vou poder
Se você é bom de rima
E com isso se anima
Sabe o que quero dizer

A expressão mais bonita
É mesmo fazer amor
Duas pessoas que se amam
Entregam-se sem pudor
E o prazer que se sente
Tem assim, intensamente
Delicioso sabor.