Espaço aberto para a divulgação da Literatura de Cordel e afins.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A HISTÓRIA DE EUCLIDES, ANA E DILERMANO



A história aqui narrada
Aconteceu de verdade
Um triângulo de amor
Que ficou na eternidade
Pois o seu desenrolar
Foi repleto de maldade

Euclides era escritor
Engenheiro e militar
Por conta da profissão
Sempre estava a viajar
E deixava sua Ana
Tomando conta do lar

Em uma dessas viagens
Que foi muito demorada
Ana se sentindo só
Carente e abandonada
Conheceu o Dilermando
E ficou apaixonada

Era um amor impossível
Pois ela era casada
Praticar o adultério
Era coisa muito errada
Respeitava o marido
E era mulher honrada

Tinha também o seu filho
Que se chamava Quindinho
Diminutivo de Euclides
Dado com muito carinho
Que não podia sofrer
Com tamanho descaminho

Mas a força do amor
Não pode ser suplantada
A paixão ia crescendo
Sem poder ser controlada
E os dois se entregaram
A traição foi consumada
  
O romance se firmou
Todo dia se encontravam
Eram noites de amor
Que os dois sempre passavam
Pois Ana e Dilermando
Cada vez mais se amavam

Esse amor desenfreado
Tomou grande proporção
E Ana então resolveu
Pedir a separação
Revelaria a Euclides
Toda a situação

A coisa ficou mais séria
Pois Ana engravidou
Com essa situação
O caso se complicou
E de tão preocupada
Ana quase endoidou

Quando Euclides voltou
Foi grande a decepção
Ficou muito revoltado
Com aquela situação
Pois Ana em desespero
Fez toda declaração

Euclides ficou tristonho
Sem saber o que fazer
Esta nova condição
Quase o fez enlouquecer
Mas, contudo resolveu
O Casamento manter

Quando Ana deu à luz
O Filho de Dilermando
Euclides sentiu o peito
Todo se dilacerando
E um plano bem cruel
Ele foi arquitetando
  
Pra Ana sentir na pele
O preço da traição
Separou-a da criança
Até pra a amamentação
Dessa forma o menino
Morreu de inanição

Julgou que assim fazendo
Tudo estava resolvido
Dessa forma lavaria
Sua honra de marido
Ana se arrependeria
De um dia tê-lo traído

Depois desse sofrimento
Ana então se revoltou
Pros braços de Dilermando
Novamente ela voltou
E o romance entre os dois
Muito mais força ganhou
  
Euclides ficou maluco
E perdeu sua razão
Bateu mão do revolver
Saiu feito furacão
Ia matar Dilermando
Pois isso não tem perdão

Quando Euclides chegou
Na casa de Dilermando
Não deu chance pra conversa
E foi logo atirando
Deu-lhe três tiros certeiros
Que quase o iam matando

Dilermando teve sorte
E não era morredor
Também era militar
Excelente Atirador
Sacando o seu revolver
Deu um tiro matador
  
Dilermando não foi preso
E nem poderia ser
Em legítima defesa
Ele pode esclarecer
Que naquele episódio
Era matar ou morrer

Para Ana e Dilermando
Tava tudo resolvido
Agora o romance deles
Podia ser assumido
Viveriam bem felizes
Como um casal muito unido

Mas o filho de Euclides
A vingança planejava
Aquela situação
O rapaz não aceitava
E toda sua família
Para isso o incentivava
  
Ao chegar a um cartório
Onde estava Dilermando
O rapaz sacou a arma
E foi logo atirando
Pondo a vingança em prática
Como estava desejando

Mais uma vez Dilermando
Teve que se defender
Atirou para matar
Pois não tinha o que fazer
A história se repetia
Era matar ou morrer

Foi preciso muito tempo
Que é bom consolador
Para Ana e Dilermando
Superarem tanta dor
E continuarem juntos
Desfrutando desse amor


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